SENSAÇÕES

Quando a deito
em meu leito
o amor fica visível
numa tímida atitude
de pudor involuntário
nele oculto a virtude
da mulher insaciável
vulnerável aos meus toques
sua pele arrepia
e se cala de vergonha
no momento da barganha
quando o ato imaginário
de beijar a sua boca
vem de forma desprendida
na medida ideal
do surreal
eu apalpo sua pele
o desejo me sufoca
no deslize dos meus dedos
dirigindo-se ao seu ventre
implorando que adentre
e que faça da caricia
a malícia harmoniosa
nesta parte tão cheirosa
do seu corpo de menina
que fascina
e donde planto os meus lábios
num dengoso acalanto
eu descanso
em seu encanto
e retomo o balanço
num sugar licencioso
deste liquido gostoso
escoando em sua perna
entre a terna sensação
de que a paixão
obstruiu o seu marasmo
na explosão silenciosa
de um múltiplo orgasmo


CLAUDIO F SANTOS